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                                           NELSON TRIUNFO 




"O pai do hip hop brasileiro é sertanejo. O pernambucano Nelson Gonçalves Campos Filho nasceu no Sítio Caldeirão, em Triunfo, no dia 28 de outubro de 1954. "Eu era elogiado em Triunfo por professores que não elogiavam ninguém. Até o que não era para ler, eu lia. Estava sempre com as revistas Cruzeiro e Manchete debaixo do braço, também assistia a muitos filmes", diz o dançarino, cantor, produtor cultural e educador social Nelson Triunfo. A imagem de Nelson - com seu magnífico black power e sua ginga de b-boy veterano e precursor - é hoje a representação dessa cultura que o brasileiro tomou emprestada dos negros da periferia norte-americana, para moldar na forma da periferia de suas grandes metrópoles. Depois dos anos 1970, foi a primeira vez que o artista comemorou aniversário em Pernambuco (56 anos, na última quinta-feira). Saiu de sua cidade natal para Paulo Afonso e, em 1977, foi morar em São Paulo. Também é a primeira vez que recebe homenagem no estado, à altura de sua notoriedade nacional (...)"



ICE MC
Ian Campbell (Nottingham, 22 de março de 1968), cujo nome artistico é Ice MC, é um cantor britânico.Durante toda sua adolescência, Ian Campbell não pensou em nada mais do que em música. Em 1980, ele deixou sua casa e família para se juntar a um grupo de break music. Seu primeiro amor foi o rap, acima de tudo o Raggamuffin (em virtude de suas raízes jamaicanas). Durante uma turnê na Itália ele se apaixona pelo way of life italiano e decide ficar e tentar encontrar um emprego como cantor ou DJ. Em 1989, ele encontra num acaso o produtor Robyx, que decide gravar uma faixa com ele. Em poucos dias, o primeiro hit, Easy, estava pronto. Nos meses subseqüentes foi um grande sucesso, primeiro na Europa e posteriormento mundo afora. O projeto recebeu o nome artístico de “Ice MC”, e as músicas eram cantadas, escritas e tocadas por Robyx, enquanto Ian cuidava da parte ligada ao rap.Ice MC então embarca numa turnê mundial, indo para lugares tão distantes quanto França, Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Espanha, Brasil, Turquia, Suíça e Japão e Escandinávia. Ele então é convidado por sua gravadora americana para gravar um vídeo em Nova Iorque, o qual chegou ao quarto lugar nas paradas da MTV americana. O álbum Cinema e outros dois sucessos posteriores Cinema e Scream tiveram sucessos similares.Posteriormente entra para a DWA Records e faz duetos com Alexia, para então continuar sua carreira solo.



                                Lembra   do Clip Trip na TV Gazeta

Para quem não sabe este programa começou na década de 80 e chamava Realce e era apresentado pelo Mr. Sam, o mesmo que lançou a Gretchem e fazia o comercial da jeans Tarka. Após anos no ar pela TV Gazeta, em 1986 o programa mudou de nome e passou a se chamar Clip Trip e ficou no ar também 1990 sendo apresentado pelo locutor e VJ Beto Rivera. Ficou um tempo fora, mas posteriormente em meados de 90 voltou a ser exibido na própria TV Gazeta pelo mesmo VJ. Para quem não sabe a música de abertura e que também fez grande sucesso nas baladas e nos Bailes de Garagem era de Bomb the Bass "Beat dis".




O grande mestre das Pick-Ups


Grandmaster Flash, um dos fundadores do hip-hop e pai e criador do Quick Mix, foi a primeira pessoa a alterar os arranjos de uma música usando dois discos iguais, fazendo isso com apenas dois toca-discos e um mixer rudimentar. Joseph Sandler, seu nome verdadeiro, cresceu no South Bronx ouvindo os velhos discos de jazz de seu pai. Na coleção havia discos de Glenn Miller, Louis Armstrong, Miles Davis, Ella Fitzgerald, Dinah Washington, e Stan Kenton. Ele também ouvia os discos de sua irmã mais velha que tinham músicas de Michael Jackson, Tito Puente, Eddie Palmieri, James Brown, Joe Corba, Sly and the Family Stone entre outros. Grandmaster Flash era fascinado por eletrônica e ele estudou para ser um técnico na área.

Ele também foi o pioneiro em um recurso chamado Scratch que consiste em arranhar o disco com movimentos alternados para frente e para trás, criando um som rítmico característico.

Seu estilo de discotecagem botou fogo no Bronx, bairro negro novaiorquino e influenciou outros djs como Funkmaster Flex, Grand Wizard Theodore, Kid Capri, DJ Scribble, Jazzy Jeff, Jam Master Jay, Q Bert, the Scratch Pickles, Cash Money e muitos outros.

Em 1981, Flash inova lançando o primeiro disco remixado da história da música, The Adventures of Grandmaster Flash on the Wheels of Steel. O disco era recheado de trechos de sucessos do Queen, Blondie, Sugarhill Gang, Spoonie Gee, tudo sobre uma base instrumental da música Good Times da banda Chic.

Flash inventou um novo recurso onde movia rapidamente os controles de volume do mixer e "picotava" o som de um dos discos ao fazer o scratch. Esse recurso ganhou o nome de Flashformer ou transformer scratch e é utilizado até hoje por inúmeros DJs ao redor do mundo.

Flash montou, na metade dos anos 70, sua banda de apoio com rappers do Bronx, a Furious Five. O grupo era formado por Cowboy, o primeiro MC de Flash, que foi o pioneiro em criar frases como "Throw your hands in the air, and wave 'em like ya just don't care!," Clap your hands to the beat!," e "Everybody say, ho!," que viraram uma espécie de recurso obrigatório em shows de rap. Outros integrantes da banda eram Melle Mell, Kid Creole, irmão de Melle Mell, Rahiem e Mister Ness, que mudaria seu nome posteriormente para Scorpio.

Em 1982, surge o maior hit da banda, The Message, o primeiro disco de rap com conteúdo politico e social, criticando a dura vida no gueto e as poucas chances de trabalho. A banda se separou logo depois, deixando os fãs confusos com discos que saiam com o nome Grandmaster de um lado e de outro com formações discrepantes. Flash juntou-se a Rahiem e Kid Croule e formou uma nova banda, a Grandmaster Flash. Melle Mell e Scorpio montaram a sua e o nome Grandmaster Melle Mell & Furious Five.

A banda só iria se reunir novamente no final dos anos 80, no disco On The Strength, que não fez sucesso.

Nos anos 90 a banda recebeu um novo impulso com relançamento de seus discos em cd na Europa e começaram a fazer shows ao redor do mundo.

Membros da banda:

Grandmaster Flash (Joseph Saddler), Cowboy (Keith Wiggins - RIP), Melle Mel (Melvin Glover), Kidd Creole (Danny Glover), Mr. Ness aka Scorpio (Eddie Morris), Rahiem (Guy Williams), Lavon (La Von Dukes), Mr. Broadway (Russell Wheeler), Larry Love (Larry Parker), Shame (Jesse Dukes), King Louie III, Kama Kaze Kid, Tommy Gunn & Clayton Savage

49ers


Projeto criado pelos produtores italianos Gianfranco Bortolotti e Capella, ambos da Media Records em 1988, o 49ers serviu de trampolim para o movimento "Italo-House", na Europa. O primeiro single "Die Walküre" em 88, -que não rolou por aqui- já agradou, no ano seguinte veio "Touche-Me" escrita por Bortolotti e Co-Produzida por Pieradis Rossini, foi uma porrada! Com um vocal enérgico de Dawn Mitchell e um instrumental complexo e bem elaborado, é bem-vinda até hoje quando tocada. "Touche Me", chegou ao 3º lugar na Inglaterra e 4º nos EUA, despertando grande interesse pelas produções italianas, carinbando de vez as chamadas "Italo-House". Em seguida o 49ers lançou mais 4 singles, "Don't You Love Me, Girl To Girl, How Longer e I Need You", que marcou muito pela sutileza no vocal e uma gaivotinha piando em todo "Break", tornando as mixagens fantásticas, tudo em 1990. Com o sucesso do 49 ers, os lançamentos da Media Records, era sempre visto com bons "ouvidos" e atraía grande número de fãns na Europa e no mundo como: Dj Professor, Cappella, East Side Beat, lembram?



EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE. Em 1991, talvez querendo reforçar mais a imagem do grupo, Bortolotti, substituiu Dawn Mitchell por Ann Marie Smith, também com uma potência na voz, lançou alguns singles como, “Move Your Feet”, “Got To Be Free” e "The Message", pelo que me lembro, nem passou por aqui, já que o movimento italo perdia força. Em 1994 o grupo tentou emplacar com "Rockin' My Body", e dois anos mais tarde com “Baby I’m Yours”. Quando o projeto parecia ter sido arquivado, em 2002 "My Heart", mais uma vez produzida por Gianfranco Bortolotti, não chegou nem perto dos bons tempos Italo-house.



O verdadeiro Number One


Seu nome verdadeiro é Kurt Walker, nascido em 09 de agosto de 1959, no Harlem, bairro eminentemente negro de Nova York, EUA. Blow iniciou sua ligação com a música muito cedo, como dançarino de break no início dos anos 70. Logo depois, tornou-se DJ, seguindo o caminho aberto pelo pioneiro, DJ Kool Herc. Blow usava o nome Kool DJ Kurt nesse período e fazia bailes somente no Harlem. Ele também tornou-se programador da rádio de seu colégio, em 1976. Nessa época, Blow começou a utilizar o nome que o faria conhecido no mundo todo, Kurtis Blow. Também começava a se apresentar como cantor de rap, um estilo de música criado por DJs jamaicanos nos anos 60 e levado aos EUA pelos imigrantes. Em 1976, o cenário rap já era bem consistente no Harlem, onde existiam diversas bandas animando as festas. Kurtis Blow teve DJs lendários em eu grupo como Grand Master Flash e Joseph Simmons, o Run, da dupla RUN-DMC. Run apresentava-se, na época, como "Filho de Kurtis Blow".

Em 1979, Blow recebeu um convite para gravar uma música pelo selo Mercury, da gravadora Polygram, atual Universal Music. Por azar, um grupo de New Jersey chamado Sugarhill Gang lançou seu single Rappers Delight, uma semana antes que Blow e ofuscou o seu debut no disco com a música Christmas Rappin`. Sugarhill Gang virou uma febre naquele ano. Blow voltaria ao disco um ano depois, em 1980, com um LP lotado de sucessos como Throughout your years, Rappin` Blow, e a legendária The Breaks. Nessa época, Blow utilizava uma banda de músicos de jazz para gravar os discos, o que deu maior qualidade e aceitação ao material produzido. Os dois primeiros discos de sua carreira foram produzidos dessa maneira e são verdadeiras obras de arte. Dali em diante, foram 8 lps e várias participações especiais em discos de grandes artistas como Rene & Angela, Trouble Funk, Afrika Bambaataa e em projetos como Sun City, contra o apartheid e USA for Africa, contra a fome, além de um tributo a Martin Luther King no disco King Hollyday, ao lado de nomes como New Edition e Stacy Lattisaw.

Kurtis Blow tornou-se um ícone do movimento hip-hop dos anos 80. Ele esteve no Iraque em 2003, fazendo um show para os soldados que estavam alojados em uma base militar.

Atualmente Blow dedica-se a divulgara palavra de Deus em rap religiosos e em uma igreja onde faz pregações.

CHAKA KHAN: VOZ MARCANTE


O Rufus foi uma banda de rhythm & blues que fez sucesso na América nos anos 70. Com o tempo, a banda também ficou conhecida por ter lançado a cantora Chaka Khan. Sua voz marcante diferenciava o Rufus de outras bandas do gênero.

Até Stevie Wonder virou fã do Rufus por causa dela, ao ouvir uma versão que o grupo fez de sua composição "Maybe Your Baby". Stevie criou uma nova canção, inspirado em seus vocais.

Em 1978, após o lançamento do álbum Street Player, aconteceu o inevitável: Chaka Khan começou sua carreira solo, apesar de oficialmente ainda fazer parte da banda. Mas com o sucesso de "I'm Every Woman", seu primeiro single, ficou claro o que aconteceria: o disco seguinte do Rufus não contou com a sua participação.

O super produtor Quincy Jones foi convocado para produzir o álbum Masterjam, no final de 1979, numa tentativa de salvar o grupo. Chaka Khan participou, e o Rufus emplacou o sucesso "Do You Love What You Feel" nas paradas.

Os discos seguintes não tiveram bons resultados, e depois de algumas idas e vindas, Chaka Khan participou do último deles, lançado em 1983. Chegou ao primeiro lugar com a faixa "Ain't Nobody", que ganhou um Grammy pela melhor performance. O Rufus se desfez logo depois e Chaka Khan ficou livre para seguir definitivamente uma carreira bem-sucedida, impulsionada pelo cover de "I Feel For You", de Prince.


PINBALL : Ícone de muitas gerações


Aposto uma ficha de fliperama, se existe alguém que nunca torrou a mesada nas máquinas de pinball mais próximas de casa ?

Na minha época era assim e com certeza na adolescência de milhões de garotos do mundo todo.Pinball é o nome oficial para aquelas máquinas de fliperama, que se tenta controlar uma bola de metal com 2 rebatedores, os chamados "flippers".

Considerado um dos grandes ícones do estilo de vida americano, junto com os carrões e o hamburguer, esta paixão foi importada para o mundo todo, principalmente, após a 2. Guerra Mundial, quando os americanos demostraram sua supremacia tecnológica.

Aperfeiçoado de um antigo joguete do século XIX, o Bagatelle, onde a bola batia em pinos e caiam em buracos com valores diversos, o Pinball (bola no pino), recebeu

avanços e melhorias com o passar das décadas, chegando a união com o vídeo, nas máquinas Pinball 2000 da fábrica Williams, uma das maiores empresas do setor,

que há quase 10 anos desativou a sua linha de produção.O Pinball, teve vários momentos de glória, ficando famoso nos anos 70, quando existiam fábricas em diversos países. No Brasil, uma delas, a mais famosa, foi a Taito, que tinha um know-how impressionante, apesar da reseva de mercado imposta por aqui. A Taito lançou máquinas dos principais fabricantes estrangeiros, produzindo versões nacionais, por vezes até melhores que as originais.

Quem não se lembra do famoso Pinball Cavaleiro Negro ? Fire Action ? Oba-Oba, que tinha como tema o sambista Sargentelli e suas mulatas ?

A febre do Pinball nos anos 70 e início dos 80, fazia com que em cada esquina do país existisse um casa de fliperama ou mesmo em qualquer boteco, uma máquina repousasse ali no canto.

Tal, como foi o video-poquer ou video-bingo, há pouco tempo atrás, as gigantes máquinas de pinball ocupavam estes locais, por muitas vezes inadequados e espremidas entre geladeiras e engradados de bebidas, na sua fase de ouro.

No final dos anos 70, leis municipais tentavam for um fim aquela perdição de uma geração de garotos, vislumbrados com as luzes e os barulhos que o Pinball emitia, proibindo a presença destas máquinas a distâncias nunca menores que 500 metros de escolas e colégios.

Mas nada detinha o "vício" dessa garotada, que percorria distâncias muito maiores só para jogar na nova máquina lançada pela Taito.

Aqui, em São Paulo, vários fliperamas ficaram famosos pela quantidade e variedades de máquinas que disponibilizavam para os clientes.

Talvez, o mais famoso tenha sido o Fliperama Tommy, alusão à Ópera-Rock do grupo The Who, que conta a história de um rapaz cego que se torna o campeão no Pinball.

O Fliperama Tommy ficava no bairro de Moema, na esquina da Alameda Jurupis com a Av. Imarés, e tinha como vizinhos o Shopping Center Ibirapuera e a Doceria Brunella, ponto de encontro da moçada naqueles tempos.

Com estacionamento mais um salão amplo e arejado, o Fliperama Tommy não tinha como ser classificado, como "lugar de maconheiro", rótulo que os muitos outros pontos da cidade recebiam das mães apreessivas que eram obrigadas a ter que buscar seus filhos "pela orelha" para tirar daquele "antro de marginais".

A Taito do Brasil fechou suas portas em 1986, época de crise no mercado que perdia cada vez mais seus clientes para outras formas de diversão. Os arcades e até os primitivos games caseiros detinham a atenção do público, pondo fim a hegemonia do Pinball. Assim, ocorria um hiato de aproximadamente 5 anos, a partir da metade dos anos 80, aqui no Brasil.

Nos anos 90, a situação se alterou, com as importações liberadas, o Pinball voltou a fazer parte do entreterimento, não mais em locais exclusivos, mas sim, com o ingresso dessas máquinas nas áreas de lazer dos shoppings-centers das grandes cidades, tendo o Pinball renascido em uma grande fase com mais tecnologia embarcada, tentando fazer frente aos Video-games que se superavam cada vez mais.

Essa última febre de pinball, dos anos 90, teve repercussão mundial. Eram produzidas milhares de máquinas nos Estados Unidos e vendidas para o mundo que as consumiam incansavelmente. Nesta fase, foram fabricadas mais de 20 mil unidades, só do modelo de Pinball com o tema da Família Addams, sendo considerada a recordista comprovada de vendas.

Atualmente, apenas uma fábrica nos Estados Unidos, ainda produz Pinball, a Stern que permanece no mercado produzindo poucas mas boas diversões para os amantes deste "esporte", que hoje mantém suas próprias máquinas, como itens de coleção, em casa ou reunidos em clubes de aficcionados pela bolinha prateada.

A chegada do rap ao Brasil



Na segunda metade dos anos 70, um novo tipo de música surgia, a Disco Music, que elegeu as Discotecas como seu reduto. Os caras que tocavam os discos para o pessoal desse bailes, nessa época, eram chamados de Discotecários. Existiram alguns famosos como é o caso do já falecido Monsier Lima, do Rio de Janeiro e Alcir Black Power, que apesar de também ser carioca, criou fama em São Paulo com seus bailes regados a James Brown e George Clinton.

No começo dos anos 80, surgiram várias equipes de bailes, as chamadas Equipes de Som, cada uma capitaneada por um DJs que não fazia grandes mixagens, porque na época vinil não chegava por aqui. As importações eram proibidas e os bailes eram feitos com fitas de rolo piratas. Muitas delas, chegavam sem os nomes das bandas e das músicas, o que tornava impossível sua identificação, os DJs dessa época apenas rolavam o som. Eram poucos os que dominavam a arte de mixar duas músicas, as famosas viradas. As remixagens ou montagens como eram chamadas na época, eram feitas com gilette e fita adesiva. Isso mesmo! As fitas eram gravadas, cortadas e coladas artesanalmente. Era um trabalho árduo e muito, muito difícil de se fazer.Os primeiros DJs eram verdadeiros artesões da músicfunk da época era chamado de "balanço". Termo cunhado pelas gravadoras que tentavam popularizar o ritmo que era taxado de música de negro pobre.

Em 1979, vimos surgir nas rádios e nos bailes um ritmo novo. Uma música batizada de "Melô do tagarela " que tornaria-se mania nos rádios e bailes e dominaria a cena por seis longos meses. Era o Sugarhill Gang, que acabará de lançar a música "Rapper`s Delight" com seus longos 14 minutos de duração. Um fenômeno para a época. Seguiu-se uma avalanche de grupos de rap no formato antigo, onde as letras falavam de festas e garotas. Não havia ainda a crítica social nas letras. Isso só veio a ocorrer em 1983, com o grupo Grandmaster Flash and The Furious Five, na música "The Message".

Mas Rapper Delight não foi o primeiro rap a ser gravado nos Estados Unidos. Dois outros artistas gravaram raps antes do Sugarhill Gang. O primeiro foi Pigmeat Markham em 1967. Isso mesmo, não há erro! Pigmeat gravou a música Here comes the judge em 1967. O segundo artista a gravar um rap antes do Sugarhill Gang foi o rapper King Tim III (veja foto) com o auxílio do grupo Fatback Band. A música chamava-se Personality Joke.

Rap brasileiro na virada dos anos 70 para 80

Muito se diz sobre qual foi o primeiro rap feito no Brasil. Gerson King Combo, já em 1977, fazia um soul com falas que lembrava muito o rap, mas não podemos considerá-lo um rap na essência do termo. O showman Miele gravou em 1979, uma versão de "Rapper`s Delight" do Sugarhilll Gang chamada "Melô do Tagarela".
A rádio Cidade FM (Atual Sucesso FM) de São Paulo lançou um rap em comemoração a sua entrada no ar, em 1980. Posteriormente, regravaram o mesmo rap com outra letra, em São Paulo e Rio de Janeiro, em 1981. Essa nova versão foi lançada em um compacto chamado "Tema de Natal da Cidade" que era um belíssimo rap, com a voz de seus locutores (naquele tempo locutor de rádio tinha que ter boa voz).
O produtor, compositor, radialista, empresário e apresentador de TV Mister Sam produziu, em 1980, um disco de um cantor chamado Baby Face (primeiro pseudônimo do cantor Nahim) com um rap chamado Don`t push, dance, dance, dance. O grupo de Break e rap Electric Boogies gravou Break Mandrake em 1983.

Um dos grupos surgidos no início dos anos 80, que trilhou um caminho diferente, foi o Eletro Rock. Formado por jovens de classe média de São Paulo e Santo André, no ABC paulista, falavam em suas músicas de festas, garotas e esportes radicais. Um exemplo é a música Surf, de 1985. Um dos integrantes do Eletro Rock era o rapper Catito, que posteriormente fez parte de coletâneas de equipes de bailes como Kaskatas e Chic Show, cantando sozinho.

Depois disso, surgiram avalanches de grupos reivindicando o título de número um. Mas Miele ainda é considerado o primeiro artista brasileiro a gravar um rap no Brasil. E isso foi há mais de 25 anos. Recentemente, foi lançado na Inglaterra, um LP duplo chamado BLACK RIO, que tenta mapear o fenômeno black no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, nos anos 70. A música "Melô do Tagarela" está nesse disco, em sua versão instrumental. Mielle foi o primeiro artista a gravar um rap, mas Miele não era um rapper e sim um compositor e apresentador de TV. O primeiro grupo genuíno de rap a gravar um disco, nascido no movimento hip hop americano e formado no Brasil foi o Electric Boogies. Dois de seus membros moraram nos Estados Unidos no início dos anos 80, e tiveram contato direto com a fonte e a cultura hip hop que moldava-se na época, em Nova York.

Referências musicais

Pigmeat Markham - Here comes the judge - 1967 King Tim III & Fatback Band - Personality joke - 1979
Sugarhill Gang - Rappers delight - 1979
Miele - Melô do tagarela - 1979
Baby Face (Nahim) - Don`t push, dance dance dance - 1979
Equipe Rádio Cidade - SP - Tema da Cidade - 1980
Grandmaster Flash & Furious Five - The message - 1982
Electric Boogies - Break mandrake - 1983
Mister Theo & Billy - 16 toneladas - 1985
Pepeu & Mike - Sebastian boys rap - 1985
Electro Rock - Surf - 1985


A chegada da break dance no Brasil

Em 1983, surgia algo novo, diferente, contagiante. O break chegava ao Brasil, ao som de "Buffalo Gals" de Malcoln McLaren. Também apareceram o Art of Noise com a música "Break Dance", Afrika Bambaataa com "Looking for the Perfect Beat" entre dezenas de outros.

Afrika Bambaataa já havia entrado para a história em 1982, com seu hit "Planet Rock" que usava as bases da música "Trans Europe Express" do grupo alemão Krafwerk. A febre do break durou curtos 12 meses e trouxe grupos nacionais para os discos: Black Juniors, com a sua "Mas que linda estás" e o Electric Boogie, com o single "Break Mandrake" que não vingou. Na TV, viamos no programa de Murilo Nelly (SBT), nas noites de quarta-feira e no de Barros de Alencar, (Record) aos sábados, os grupos de dança disputarem palmo a palmo o título de melhores do break. Entre eles havia um grupo invencivel. "Os Cobras" (na Record) que ficaram para a história, juntamente com os Electric Boogies (no SBT) como melhores grupos de break do Brasil. No rastro desses dois grupos surgiram outros como Bufallo Girls e Gang de Rua, (do dançarino Marcelo Cirino, conhecido na época como Minhoca e que nos anos 90 formaria o Dança de Rua, de Santos).

O break deixou de ser mania em 1984, quando uma nova onda surgia, a New Wave com B-52`s, Devo, General Public e grupos nacionais como Gang 90, Kiko Zambianchi, Telex, Doutor Silvana, entre muitos.

Em 1985, Iraí Campos traria para as rádios paulistas direto de Nova York um novo ritmo, a House Music, nascida do clube de Chicago, Warehouse, o que deu origem ao seu nome. Virou uma febre que durou até o final dos anos 80.

De outro lado, o rap crescia no Brasil com a visita de vários grupos americanos como MC Cooley C, Whodini, Kurtis Blow, Kool Moe Dee, Boogie Down Productions e o grupo de tecno funk Zapp. O rap nacional dava as caras com os Racionais Mc`s, Radicais do Peso, Mr Theo & Billy, Thaide & DJ Hum, MC Jack, entre muitos.

Os dias atuais

Vivemos hoje a era da velocidade da informação. Em alguns segundos ficamos sabendo de algo que acontece no Japão ou Holanda. Mas, nos anos 70 e 80, não era bem assim. A informação demorava anos para chegar aqui, isso quando chegava.

Com o break não foi diferente. O estilo surgiu nos Estados Unidos na virada dos anos 60 para os anos 70. Grupos lendários como Electric Boogaloos, Zulu Nation e Rock Steady Crew já detonavam a cena novaiorquina no meio dos anos 70.

Em terras tupiniquins, o estilo de dançar que aliava movimentos de lutas marciais com malabarismo e muito estilo chegou em 1983. E para piorar, veio como uma moda e não como uma tendência. De uma hora para outra, todo garoto, seja ele adepto da black music ou não, resolveu dançar break. O que se via nas danceterias, domingueiras e programas de TV era um bando de gente que não tinha a menor idéia da origem daquela dança se aventurando a dar seus "passinhos quebrados".

Talvez por culpa disso, criou-se, na época, um preconceito grande pelo estilo de dança. Médicos iam à tv dizer que a dança fazia mal à coluna, à saúde. Para piorar, vários acidentes aconteceram com garotos que não tinham nem informação, nem orientação para dançar o break. Isso culminou com duas mortes, uma delas, devido à tentativa de um garoto de girar de cabeça para baixo. Resultado: quebrou o pescoço.

Um dos pioneiros do break no Brasil foi Nelson Triunfo, um veterano da dança e que já no início dos anos 80, fazia shows dançando soul music, no melhor estilo James Brown em clubes e danceterias de São Paulo e interior do estado. Outro lendário dançarino e pioneiro na arte da dança e Nino Brown. Nino, um fã incondicional de James Brown, incorporou o sobrenome do ídolo e fez muito pela dança de rua brasileira. Fez parte do grupo Funk Cia e , ao lado de Triunfo, pos ordem na cena dançante brasileira. Nino é responsável atualmente pela Zulu Nation Brasil.

A pressão sobre os dançarinos aumentava, a polícia coibia qualquer roda de break no Metrô ou nas ruas. E os programas de TV se deliciavam com a audiência dos concursos de break e da ousadia dos dançarinos. Se quebrassem o pescoço em rede nacional, melhor para a audiência do programa. O curioso é que nunca houve um acidente em programa de TV.

Programas como os de Barros de Alencar (TV Record) e Murilo Neri (SBT), organizavam competições acirradas entre grupos de várias partes de São Paulo e Rio de Janeiro.

No SBT, os reis do break eram os "Electric Boogies" e na Record eram "Os Cobras". O Electric Boogies tinham em seu elenco garotos que acabavam de chegar de Nova York e que traziam a dança em sua bagagem. Foram os primeiros a fazerem o "moinho e vento", passo em que o dançarinho roda com as costas no chão, simulando uma hélice em movimento. Já os Cobras eram mestres no estilo "Electric Boogallo" que simulava movimentos robóticos e "quebrados".

A febre do break durou até o final de 1984, dando espaço a outra moda passageira, a new wave.

Mas os verdadeiros amantes da arte de rua continuaram dançando o break e atravessaram os anos 80 e 90, dançando e passando a cultura de rua a frente.

Graças a esses embaixadores do break, você encontra dançarinos desse estilo no Brasil atualmente.

Conheça alguns grupos e dançarinos importantes do movimento

Brasil Electric Boogies - originários de Santo André, no ABC paulista.
Os Cobras - vindos da periferia de São Paulo.
Bufallo Girls - primeiro grupo feminino de break.
Back Spin - o rapper Thaide era um de seus membros.
Nelson Triunfo - pioneiro de black dance e break, está na ativa ainda.
Black Juniors - gravaram um lp e fizeram sucesso, aparecendo até no Fantástico.
Master Crew - breakers da nova geração paulista.
DJ Deco - Vídeo clipe da nova geração.

Gringos

Zulu Nation - grupo formado por Afrika Bambaataa nos anos 70.
Electric Boogallos - grupo de break dos anos 70.
Poppin Pete - membro do Electric Boogallos
Rock Steady Crew - os rivais da Zulu nation.
Crazy Legs - membro lendário do Rock Steady Crew, ainda na ativa.
Mr. Wave - outro lendário breaker americano.
Mr. Wiggles - outro membro famoso do Rock Steady Crew.
Popmaster Fabel - membro do Rock Steady Crew.
Ken Swift - outro membro do Rock Steady Crew.
Zulu Gremlin - membro do Rock Steady Crew.

SOUL II SOUL






"Back to Life (Entretanto Do You Want Me)" é uma canção Soul II Soul, banda inglesa de R & B. Foi publicado em seu álbum de estréia "Club Classics Volume One" (Virgin, 1989) e intitulado "Keep on Movin '"nos Estados Unidos. Ele foi lançado como segundo single do álbum, e seu sucesso foi enorme, tanto no Reino Unido e os EUA.

"Back to Life" foi uma das duas canções de "Club Classics Vol. One", que cantou Caron Wheeler.

Nelle Hooper, Caron Wheeler e Jazzie B Simon lei criou "Back to Life", uma faixa alma muito escuro groove que falava da morte. O ritmo da música foi baseada em uma composição de Eric B. & Rakim, 1987, e é um clássico não só do Soul II Soul, mas o groove da cena de Londres, em finais dos anos 80. Soul elegante, com um som espetacular e produzido por Jazzie B e Nellee Hooper.




A primeira versão do LP era uma capela, que mais tarde foi remixada e regravada antes de ser lançada como single. "Back to Life (Entretanto Do You Want Me)" foi publicada duas versões: a instrumentação primeira gravação original foi adicionado, eo segundo foi uma regravação da canção com novas letras e vocais (e com a adição de "Entretanto Do You Want Me "no título).

Foi apenas a segunda versão que se tornou mais popular. "Back to Life (Entretanto Do You Want Me)" alcançou o número quatro no S. U. Billboard Hot 100, tornando-se um dos singles de maior sucesso Soul II Soul em os EUA (E o único que conseguiu infiltrar-se no top 10). No Reino Unido atingiu o número um na UK Singles Chart durante quatro semanas em junho de 1989. Por enquanto, o álbum estava disponível em um CD de edição limitada, incluindo todas as versões da canção.



"Back to Life" tocada ao vivo no Mabry Lynn e George Michael no festival Rock in Rio 2 em 1991. Uma versão do George Michael para a música "Freedom 90" incluía uma interpolação de "Back to Life". Dodgy também gravou um cover de "Back to Life" para o CD single "Ficar fora para o verão" de 1994.

Amostras de "Back to Life" são nas áreas de Tragedy Khadafi ("Back to Reality", 1990), o rapper Maino (Entretanto Do You Want It ", produzido por JR Rotem), C-Murder (em sua canção" A Chance 2 ", em 1998, e publicada no álbum" Vida ou Morte ") e" Freak ", a cantora Estelle. Você pode ouvir no episódio piloto da série The Fresh Prince of Bel-Air, estrelado por Will Smith, e da sexta temporada de The L Word, um drama sobre lésbicas, estrelado por Jennifer Beals e Laurel Holloman.

O LP "Club Classics Vol. One" alcançou o número 1 no UK Albums Chart e excelentes vendas proporcionaram-lhe uma tripla platina.

Vídeo: "Back to Life (Entretanto Do You Want Me)." Soul II Soul, 1989 A maravilha da Hot Dance Groove Soul..